quarta-feira, 13 de março de 2013

Um amigo que vai

UM AMIGO QUE VAI


Quando o índio solito reflete
Ensimesmado no seu próprio ser
Descobre em si o poder
De reviver o tempo passado
Nas parcerias que tem a seu lado
Pois hoje eu me despedi
De um amigo guri
Que vai iniciar nova jornada
Pra mim já esperada
Pelo que dele conheci

Índio de muita valia
Amigo, parceiro, humanista
Poderia fazer uma lista
De tantos adjetivos
Mas não é o objetivo
Ficar espichando o verso
E, pra não ser controverso
Vou encerrar logo essa rima
Porque se as qualidades lhe viessem por cima
Com certeza ficaria submerso

Assim é o amigo Toninho
Muito mais que um Patrão
É capataz, fiador e peão
É o fio do bigode de agora
É confiança, sem juros e nem mora
É o parceiro que nunca diz não
Mesmo quando sofre o tirão
“Masca o papel atrás da porta”
Com os amigos, depois, se reconforta
Mas não estraga, por nada, a ocasião

Aprendi muito contigo
Ilustre mestre e poeta
Homem de personalidade inquieta
Sempre envolvido em alguma façanha
Sem fazer corpo mole nem manha
Enfrentando distâncias e desafios
Serpenteando como fazem os rios
Pra desviar de seus obstáculos
Líder, de muitos tentáculos
Que nos iluminou nos tempos sombrios

Obrigado, meu amigo
Patrão, poeta e parceiro
Pena o tempo ter passado ligeiro
E ter-se encerrado este convívio
Mas, o que me traz certeza e alívio
É que vamos nos encontrar ali na frente
Enquanto isso, fica na mente
Os bons momentos que repartimos
E aquilo tudo que sentimos
Ao ter um amigo, eternamente.


Leandro da Silva Melo


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