terça-feira, 19 de março de 2013

Velhos amigos

VELHOS AMIGOS


Fim de ano...
Fim de festa...
E de uma forma modesta
Como é bom rever os amigos
Os novos e os antigos
Que todo ano nos visitam
Abraçam, conversam e nos fitam
Em suas aparições faceiras
Demoradas ou ligeiras
Das memórias que hoje habitam

Alguns recebo em casa
De carne, osso, mala e mate
Outros, quando a saudade me bate
Recebo nos pensamentos
Recordando vários momentos
Que passamos juntos na história
Coisas boas, outras simplórias
Pois assim se conhece o amigo
É aquele que te dá o abrigo
Na boa hora ou na inglória

Mas cada amigo é um refúgio
Nos diferentes mundos que habito
Tenho poucos, eu admito
Mas são especiais para mim
E os mantenho assim
Guardados no fundo do peito
E em cada noite que deito
Agradeço os amigos que tenho
E mais uma vez eu venho
Homenageá-los assim, do meu jeito

E é por ordem cronológica
Que passo agora a citá-los
E também a incitá-los
Que voltemos a nos encontrar
O primeiro a se falar
É o Élton Luiz Zucatti
Amizade que no peito bate
Desde a segunda série
Vencendo qualquer intempérie
A mais de trinta anos, se date

Depois, com o movimento campeiro
Um gaúcho fazendo sua lida
Na Q Tal Tchê Pilchas, sua vida
Vem o amigo Luís Paulo Nunes
Que a história não nos deixou imunes
De pessoas de pouca luz
Mas que o tempo, aos poucos conduz
Para o seu lugar verdadeiro
E nos deixa aproveitar por inteiro
A vida a que fazemos jus

Outro amigo da lida
Cozinheiro e campeiro afamado
É o amigo Jason Delgado
Também Nunes é o sobrenome
Deste ilustre e grande homem
Tendo a Ana como parceira
Na Tia Gessi, foi a vez primeira
Que iniciamos a sintonia
Candeeiro do Sul e Harmonia
Amizade real e verdadeira

Outro amigo do peito
É o Marcelo Geremias
Campeiro das alegrias
Muitas andanças fizemos
Muito trago bebemos
Em rodeios, bailes e festas
São amizades tão modestas
Que até me atrevo a dizer
Que não há porque querer
Companhias melhores que estas

Meus amigos, agora lhes digo
Muito obrigado, de coração
É grande a satisfação
De ter um dia lhes encontrado
E a amizade lhes ter conquistado
Mantendo-a por tantos anos
Com sinceridade e sem enganos
Enraizando no fundo do peito
Deste gaudério, que sem muito jeito
Considera vocês como verdadeiros manos.


Leandro da Silva Melo

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