MEU PORTO
Meu Porto, minha morada
Cidade oitavada de luz
Capital que ao progresso conduz
O vivente chegado de fora
Que olha com espanto o agora
Tão longe de imagens da lida
Fazendo da chegada a saída
Pra um mundo sonhado em querência
Transformando sua vivência
Num novo modo de vida
Caminhos não hão de faltar
Pro índio não ficar ausente
Pois quem vem das bandas do poente
Se depara com uma baita estrutura
Suspensa nas águas escuras
De um Guaíba que nos faz costeado
E depois deságua afogado
Na Lagoa, bebedouro sulino
Lembrando ao mais teatino
As vertentes de nosso passado
Mas não é somente esta Ponte
O acesso à Capital dos gaúchos
Pois quem nasce numa terra sem luxos
Por todo este pago troteia
Vai lá pras bandas da areia
No nosso litoral imenso
E nos altos da Serra suspenso
O quera se achega a galope
Mas de vez já volta num trote
Para um Porto sem marca e sem lenço
E pra quem vem das Missões e Fronteira
São vários os caminhos por vir
Pois quando o quera quer ir
Não importa o rumo escolhido
O que importa é ter vencido
Distâncias, desvios e agruras
Trazendo pra cá as canduras
De um povo leal e fraterno
No espelho de um mundo moderno
Mesclando a Capital de cultura.
Leandro da Silva Melo
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