DESABAFO
Preciso falar de uma coisa
Que há tempos vem me incomodando
É como espinho inflamando
Um osso atravessado na guela
E pra iniciar a falar dela
Principio bem despacito
Pois no mundo que habito
O respeito vem em primeiro lugar
E se tiver que xingar
Vai ser na moral, não no grito
Já falei em parcerias
Já falei em amizades
Já citei personalidades
Que fizeram parte de minha vida
Mas a resposta mais dolorida
Que já tive de um parceiro
Foi o silêncio prisioneiro
Que acompanha a torpeza dos cargos
Pessoas de bem, sem embargos
Que se vendem pelo sujo dinheiro
Acredito na busca do sonho
Acredito em seguir um ideal
Mas não creio que, para tal
Tenhamos que deixar os amigos
Não falo em endereços antigos
Mas no abandono a lo léo
Dos que impulsionaram ao céu
Os mesmos que te viraram as costas
Enquanto saboreiam as postas
E tu sentes o gosto do fel
As coisas não estão ruins
Consegui encontrar o meu rumo
Mais uma vez acertei o prumo
E direcionei minha vertente
Pra ir irrigando minha mente
Abrindo caminhos e espaço
Andando, passo após passo
Levando os amigos comigo
Pois esta é a filosofia que sigo
Em cada objetivo que traço
O bom de toda esta história
É que mais uma vez aprendi
Que as pessoas que estão por aí
Não usam da palavra sincera
E o sentimento, então, se altera
Me vejo, hoje, mais fortalecido
Por conquistar e ter vencido
Meu espaço, sem apadrinhamento
O que diminui o meu sofrimento
De ter um amigo vendido.
Leandro da Silva Melo
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