sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Guerreiros

GUERREIROS


Nem sempre o sol nos aquece
Nem sempre a neblina nos cega
Mas a vida, pra quem se entrega
Na busca do seu ideal
Nos mostra, no seu manancial
O leque de opções que temos
E, às vezes, nem percebemos
Que o ato mais simplório
Pode ser o mais notório
Na visão daquele para quem o fazemos

O clarão de um novo tempo
Surge na barra do horizonte
E as sombras, por trás dos montes
Recuam e se encolhem
E o que as vistas agora colhem
São imagens de um futuro
Que, derrubados os muros
Forjará numa nova aurora
A ordem que fora, outrora,
Desestabilizada a golpes duros

Sigo a passos firmes
Escutando o bater de cascos
Herança de Bugres e Bascos
Que povoaram essa terra santa
Que até hoje me encanta
E me brinda com sua beleza
Com imponência e realeza
Nos recebe de braços abertos
Tornando os longes tão pertos
Na exuberância da natureza

E neste bater de cascos
Que agora escuto mais forte
Aclaram das sombras o porte
Da comitiva de alma jovem
São amigos que me envolvem
Numa aura de tranquilidade
Que só a verdadeira amizade
Dos puros de coração
Tem a real intenção
De te ver bem à vontade

Nunca será demais
Agradecer a estes amigos
Guerreiros que, às vezes, feridos
Pelearam, mesmo sangrando
E este sangue derramando
Mesclado com suor e poeira
Forjou, de alguma maneira
A liga de nossa conduta
Nunca fugindo da luta
E defendendo nossa bandeira.


Leandro da Silva Melo






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